Quanto tempo se demora a vender uma habitação em Portugal - Mapa dos dados por distritos

Análise do mercado residencial nacional mostra como cada distrito e cidade reagiram à pandemia da Covid-19.
30 nov 2020 min de leitura

Quando um proprietário decide colocar um imóvel no mercado deve saber quanto tempo se demora a vender uma casa  até encontrar um interessado em comprar - esta mesma informação é também relevante para os agentes imobiliários e demais profissionais do setor. Sempre e agora, em plena crise pandémica, ainda mais. Em Portugal, o período de venda de casas ronda, atualmente, os cinco meses, tendo aumentado face ao terceiro trimestre de 2019 - quando se vivia em crescimento económico e sem o novo coronavírus. Há apenas um ano, em termos médios, contabilizava-se em pouco mais de quatro meses o tempo de um imóvel à venda no mercado nacional, segundo uma análise do idealista.

Nos extremos da tabela - entre onde é mais demorado e rápido conseguir vender uma casa - estão hoje em dia as cidades alentejanas de Portalegre e Beja, com períodos próximos de nove meses, e a beirã Guarda, com três meses, de acordo com os cálculos do principal marketplace imobiliário, a partir de dados referentes até ao final de outubro.  

Photo by Alev Takil on Unsplash
Photo by Alev Takil on Unsplash

Os proprietários nos distritos de Beja, Viana do Castelo e Vila Real tiveram, em média, de esperar à volta de oito meses para conseguir vender uma casa e, em contraste, o distrito de Setúbal destaca-se como o único onde se conseguiu reduzir o tempo de transacionar um imóvel para menos de quatro meses, seguido de perto por Lisboa, a capital do país, e São Miguel, nos Açores.

Do total dos 20 distritos do país (18 no Continente e 2 nas Ilhas) cinco conseguiram reduzir o período de venda de casas, face ao terceiro trimestre do ano passado. No caso de São Miguel (Açores) passou de 5,8 para 4,1 meses, enquanto a Guarda (região das Beiras) passou de 8,3 para 6,1 meses e Évora (Alentejo), ganhou 24 dias neste processo. Portalegre e Setúbal - ambas no Alentejo, mas a primeira no interior e a segunda na costa litoral -, também apresentam ligeiras descidas.

Distritos  3T2020 (meses) 3T2019 (meses) Variação (dias)
Portugal            5,1            4,3 22
Aveiro            5,0            4,9 4
Beja            8,1            7,4 19
Braga            4,9            4,8 2
Bragança            7,0            6,9 4
Castelo Branco            7,0            6,2 25
Coimbra            6,0            5,5 13
Évora            5,1            5,9 -24
Faro            6,4            4,7 50
Guarda            6,1            8,3 -67
Leiria            6,5            5,3 37
Lisboa            4,1            3,8 10
Portalegre            7,7            7,9 -5
Porto            4,4            3,7 20
Santarém            6,2            5,8 14
Setúbal            3,6            3,8 -3
Viana do Castelo            8,3            6,2 61
Vila Real            8,2            5,5 81
Viseu            6,3            5,3 29
Madeira (Ilha)            6,7            5,1 48
São Miguel (ilha)            4,1            5,8 -52

Por outro lado, outros proprietários de distritos viram prolongar por mais tempo o período que o imóvel permaneceu no mercado, como Vila Real (Trás-os-Montes), onde este compasso de espera aumentou quase mais de três meses, para atualmente estarem mais de oito meses as casas à venda.

Os distritos mais fortes do mercado imobiliário, como Lisboa (4,1 meses), Porto (4,4 meses), Faro (6,4 meses), ou a ilha da Madeira (6,7 meses) viram o tempo de venda de casas aumentar entre 10 e 50 dias em apenas um ano.

No que diz respeito às capitais de distrito, a cidade de Vila Real destaca-se no aumento do tempo de venda de um ano para o outro, em quase cinco meses, sendo que, atualmente, se demora em média quase oito meses a vender uma casa.

Por sua vez, Bragança viu o período de tempo para venda de uma casa aumentar 118 dias, seguido de Faro com uma subida de 69 dias. Em contraste, a Guarda apresenta um valor que salta à vista de redução de tempo de venda de cerca de oito para três meses, no terceiro trimestre de 2020.

“É muito interessante perceber como o mercado imobiliário de cada distrito e cidade reagiram à pandemia. Por exemplo, as cidades e distritos do interior demonstram bastante mais variações do que o litoral, em termos de tempo de venda", analisa Inês Campaniço, responsável do idealista/data em Portugal.

Fonte: idealista.pt|Autores:Tânia Ferreira, Alejandro Soto

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